quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Rota dos Mouchões

http://dn.sapo.pt/2005/07/29/boa_vida/a_descoberta_mouchoes.html

A Rota dos Mouchões, organizada pelo município da Azambuja, é um instrumento privilegiado para apreciar toda a beleza do Tejo.
Aproveitando as muitas potencialidades que o rio oferece, bem como a gastronomia regional, o circuito turístico serve-se do barco varino Vala Real para mostrar aos visitantes uma boa parte do que de melhor existe no concelho ribatejano, tendo os mouchões do Tejo como pano de fundo.

As pequenas ilhas aluvionares que vão pontilhando, aqui e ali, as margens do Tejo - algumas das quais são áreas de reserva integral - foram formadas pelo assoreamento do leito do rio, constituindo, para o visitante, um mundo de surpresas, onde a fauna e a flora (qual delas no seu estado mais puro) têm particular destaque.

O passeio fluvial, que promete ficar marcado na memória dos "passeantes" para sempre, começa logo pela manhã na Vala Real da Azambuja, junto ao Palácio das Obras Novas, sob o olhar atento de cegonhas, garças, galinholas e outras aves que se juntam nos salgueiros.
(O Palácio está em ruínas e é perigoso lá entrar)
Só depois desse primeiro contacto é que o barco varino entra, finalmente, no Tejo largo, navegando calmo entre as margens e os mouchões que surgem no meio do rio, plenos de vegetação em tons de verde.Aqui, os visitantes são convidados a apreciar a beleza que os circunda, incluindo as diversas espécies de fauna e flora, recebem explicações essenciais sobre o funcionamento do varino e cumprem uma primeira escala no Mouchão da Casa Branca, onde são criados cavalos lusitanos pertencentes à Coudelaria Nacional.

A todos os que, dentro de água, são incapazes de despegar os olhos do que se vai passando em terra, é--lhes dito que estes animais são levados para a ilha quando nascem e são criados em estado selvagem até aos três anos de idade, oferecendo aos visitantes um espectáculo muito peculiar de liberdade e beleza.

Com tantas emoções fortes e o apetite já aguçado, é agora tempo de paragem na aldeia avieira conhecida pelo nome de O Lezirão, onde, à sombra, é servido o tradicional prato de pão temperado com alho e azeite - o "torricado" com bacalhau -, acompanhado de vinho tinto da região e complementado por um doce típico, no caso as queijadinhas da Azambuja.

Uma vez retemperadas as forças, os viajantes são convidados a participar nas Olimpíadas dos Mouchões um conjunto de brincadeiras na praia fluvial, momentos de pura diversão, onde sobressai a alegria contagiante do contacto estreito com a natureza.

Quem preferir, ou quem tenha sido já "agarrado" pela preguiça, também pode dormir uma sesta. Curta porque, cerca das 16.00, é tempo de este barco do Tejo regressar ao cais da Vala Real de Azambuja, com algumas boas fotografias na bagagem e também, certamente, muitas recordações para contar aos amigos. Resta acrescentar que a embarcação típica tem capacidade máxima para 22 pessoas e pode ser alugada, com um mínimo de dez passageiros, por meio dia ou um dia inteiro.

O aluguer do barco varia entre os 265 euros por dia (durante a semana) e os 315 euros (aos fins- -de-semana), custando as reservas de meio dia 200 e 265 euros, respectivamente. Se optar por almoçar na aldeia dos avieiros pagará mais 14 euros por pessoa. Para marcar um destes passeios deve consultar o Posto de Turismo da Azambuja."A ideia da Câmara, ao promover esta rota turística, não é a de ganhar dinheiro.

O nosso objectivo é trazer cada vez mais gente de fora ao nosso concelho", justifica o vereador do Turismo da câmara azambujense, Marco Leal, que garante ao DN "Temos conseguido."

António Pires Vicente

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