quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Azambuja - Curiosidades

(Excertos do texto do site)
AZAMBUJA

Concelho cuja sede dista 55 quilómetros de Lisboa, Azambuja compreende 9 freguesias. Ocupa uma área de cerca de 262 quilómetros quadrados onde reside uma população de cerca de 19.520 habitantes.
As planícies verdejantes das lezírias, os cavalos e as manadas de gado bravo fazem lembrar a “Festa Brava”, as famosas touradas à portuguesa. Terra ribatejana, Azambuja é local de trajes alegres e do velhinho fandango, a célebre “Dança do Sapateado”. Nos “Subsídios para o Cancioneiro Popular de Azambuja”, Sebastião Arenque deixou-nos ficar belas imagens das terras e das gentes deste concelho. Eis uma pequena amostra: “O campo de Azambuja é grandioso pela brutalidade da sua rudeza e fabulosamente rico pela generosidade do seu solo ... Na parte norte fica Azambuja estendida na colina ... A parte do sul que compreende a campina imensa a perder de vista, cortada pelo Tejo e raiada de mil cores que a tornam soberana e bárbara – lezíria lírica de tradição poética, onde as searas vegetam soberbas de seiva do úbere fecundo da terra mãe, as manadas de gado pastam na abundância da erva, a paisagem é excelsa criação dos deuses que a distinguiram na coragem bravia das gentes que trabalham a terra”.
Neste concelho existe o célebre pinhal mandado semear por D. Dinis em 1296, situado perto de Aveiras de Baixo, na estrada que conduz ao Cartaxo. Tornou-se famoso por ter sido outrora infestado por quadrilhas de salteadores, que existiam ainda no princípio do século XIX.
Em 1846, Almeida Garrett deambulava através de deliciosos quadros da paisagem ribatejana, pensando como era bom fazer “Viagens Na Minha Terra”, sonhando com narrativas ricas de evocações históricas, quando, de repente, acordou “no meio do pinhal da Azambuja”: “Este é que é o pinhal da Azambuja? Não pode ser. Esta, aquela antiga selva temida quase religiosamente como um bosque druílico? E eu que, em pequeno, nunca ouvia contar história de Pedro de Malas-Artes, que logo, em imaginação, lhe não pusesse a cena aqui perto! Eu que esperava topar a cada passo com a cova do capitão Roldão e da dama Leonarda! Isto não pode ser. Uns poucos de pinheiros raros e enfezados através dos quais se estão vendo quase as vinhas e olivedos circunstantes. E contudo aqui é que devia ser, aqui é que é, geográfica e topograficamente falando, o bem conhecido e confrontado sítio do pinhal da Azambuja”.
A sede do concelho, a vila de Azambuja, é uma linda terra ribatejana. O Vale do Tejo domina-a; corre apenas a três quilómetros, estando todavia ligado à vila pela linha de água denominada a Vala Real de Azambuja, um canal de 26 quilómetros de extensão, paralelo ao rio Tejo, mandado construir em 1748 pelo Marquês de Pombal para enxugo dos campos desde Santarém a Azambuja.
Na Lezíria e perto da foz da Vala Real, encontra-se o chamado Palácio Real ou Palácio das Obras Novas, que serviu de estalagem e estação de Mala Posta para quem ia de Lisboa a Constância. Outro elemento de grande valor cénico é a Avenida das Palmeiras, seculares, distribuídas ao longo da margem esquerda da Vala Real.
Junto a uma das entradas principais da vila, ergue-se o Marco da Légua, do reinado de D. Maria I. Num arruamento contíguo ao largo principal ainda existe o Celeiro D’ El Rei com as respectivas insígnias. Por todo o concelho encontram-se belos monumentos, pontos de grande interesse turístico e lugares curiosos que merecem ser olhados com atenção e que nos revelam traços importantes da história local, ainda por fazer.
Prometo incluir fotografias dos locais descritos neste texto.

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